Daniel Chapo assume presidência em Moçambique em meio a crise e protestos
Daniel Chapo, membro do partido Frelimo, tomou posse como Presidente de Moçambique, num contexto de tensão marcado por protestos intensos contra os resultados das eleições. A cerimónia de investidura foi realizada em meio a uma grave crise política e social, com relatos de violência crescente em várias regiões do país. De acordo com a Plataforma Eleitoral Decide, apenas no dia da posse, mais sete pessoas perderam a vida em confrontos com as Forças de Segurança, elevando o número de mortos para mais de 300 desde o início das manifestações. Os protestos refletem a insatisfação popular com os resultados eleitorais e a violenta repressão aos movimentos de oposição. Organizações de direitos humanos e membros da comunidade internacional expressaram profunda preocupação com o agravamento da situação em Moçambique. Apelos por investigações imparciais sobre os abusos e pela abertura de um diálogo genuíno entre o governo e a sociedade civil têm sido reiterados, numa tentativa de evitar uma escalada ainda maior da crise. Enquanto assume o cargo, Daniel Chapo enfrenta o desafio de restaurar a confiança na liderança do país e de buscar soluções para pacificar a nação, que vive um dos momentos mais conturbados da sua história recente.