Governo recua: Não haverá gastos de 20 milhões de dólares na compra de bandeiras, diz MAT
Por Redação | 09 de Abril de 2025 Nos últimos dias, Angola foi palco de uma verdadeira onda de indignação pública após circularem notícias sobre uma suposta intenção do Governo angolano de gastar 20 milhões de dólares norte-americanos na compra de bandeiras para celebrar os 50 anos da Independência Nacional. A revelação gerou revolta nas redes sociais e em vários meios de comunicação, sobretudo pela atual crise socioeconômica que o país enfrenta. Contudo, nesta terça-feira, o Ministério da Administração do Território (MAT) emitiu um comunicado oficial negando a informação e classificando como falsa a notícia da aquisição milionária de bandeiras. 📌 O que diz o Governo? No comunicado, o MAT explica que a ideia de adquirir bandeiras e outros símbolos nacionais foi apenas uma hipótese considerada durante a elaboração do Plano Anual de Contratação Pública do ministério. Segundo o órgão, tal proposta não encontrou respaldo orçamental, nem foi aprovada em nenhuma unidade responsável pelo orçamento público, o que inviabiliza automaticamente qualquer contratação neste sentido. Trechos importantes do comunicado: “Não tendo inscrição orçamental, não está previsto, nem irá ser desencadeado qualquer processo concursal para a aquisição de bandeiras da República no valor de USD 20 milhões.” “O MAT reitera o seu engajamento com uma gestão transparente e com uma execução de despesas racional, equilibrada e adequada ao actual momento da economia nacional.” 🧾 Contexto da polêmica A polémica ganhou força quando um levantamento do portal Club-K apontou que cada bandeira poderia ser adquirida por valores entre 1,20 e 3 dólares, o que gerou suspeitas de superfaturamento caso os 20 milhões realmente fossem usados. A comparação com o caso da Tanzânia, que em 2022 cancelou uma festa de independência e reverteu os fundos para obras sociais, também inflamou os ânimos da opinião pública angolana. As críticas focavam na incongruência entre o investimento simbólico e as necessidades reais e urgentes da população, como falta de medicamentos, escolas, energia elétrica e saneamento básico. 🔍 Análise crítica: Desmentido ou pressão popular? Embora o comunicado do MAT tente esclarecer a situação e tranquilizar a população, ficam no ar algumas questões legítimas: É importante destacar que o papel da imprensa e da sociedade civil foi fundamental para levantar o debate, pressionar por transparência e exigir responsabilidade com os gastos públicos. Sem essa reação, a possibilidade de aprovação da despesa poderia não ter sido descartada tão rapidamente. 🧭 Conclusão: Atenção redobrada e vigilância contínua O caso mostra que, em tempos de crise, não basta confiar na boa vontade dos gestores públicos. É preciso vigilância constante, exigência de prestação de contas e cobrança firme da população sobre como o dinheiro público é utilizado. O Governo negou que irá gastar 20 milhões em bandeiras — e isso é positivo. Mas o episódio reforça uma verdade cada vez mais clara para os angolanos: A Nação quer mais hospitais, menos simbolismos. Mais escolas, menos festas. Mais verdade, menos marketing. ✍️ Qual é a sua opinião? Você acredita no comunicado do Governo? Acha que houve recuo devido à pressão pública?Deixe o seu comentário abaixo e compartilhe este artigo com seus amigos para que o debate continue!