A Embaixada de Angola em Portugal, Maria de Jesus dos Reis Ferreira decidiu boicotar a celebração oficial do Dia de África, realizada em 29 de maio no Hotel Lisbon Marriott. A decisão foi um protesto contra a inclusão da Dr.ª Luzia Moniz, uma cidadã luso-angolana, na lista de convidados. A embaixada alegou que Luzia Moniz faz ativismo contra o presidente e o governo angolano, que foram legitimamente eleitos.
Motivos do Boicote
Em um comunicado enviado às outras missões diplomáticas do Grupo Africano em Portugal, a embaixada angolana explicou que, em uma reunião em 20 de março, os embaixadores africanos decidiram não incluir Luzia Moniz na lista de convidados. No entanto, a embaixada descobriu que ela ainda estava na lista confirmada até 17 de maio.
Justificativa do Boicote
A presença de Luzia Moniz, segundo a embaixada, violaria o princípio de promoção da Unidade, Solidariedade e Coesão entre os Estados, conforme estabelecido no Ato Constitutivo da União Africana. Por isso, a embaixada angolana optou por não participar do evento.
Reações à Decisão
A decisão da embaixada de Angola gerou opiniões divergentes. Alguns apoiaram o boicote, vendo a presença de Luzia Moniz como um desrespeito ao governo de João Lourenço. Outros criticaram a decisão, defendendo que a liberdade de expressão deve ser preservada.
Comunicado da Embaixada
No comunicado, a embaixada angolana reiterou a sua posição de protesto às outras embaixadas do Grupo Africano em Portugal, enfatizando a sua alta consideração pelo assunto.