O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior (ACJ), expressou hoje suas opiniões a respeito dos recentes comentários feitos por Isaías Samakuva, ex-presidente da UNITA, sobre a possibilidade de voltar a concorrer à liderança do partido. ACJ classificou o anúncio de Samakuva como “estranho”, tanto pelo momento em que foi feito quanto pelas circunstâncias que o cercam.
Reação de Adalberto Costa Júnior
Para Adalberto Costa Júnior, o timing do pronunciamento de Samakuva levanta questões. “É estranho pelo timing em que é feito, bem como pelas circunstâncias que foi feito,” afirmou ACJ. Apesar de sua surpresa, ele encorajou qualquer militante da UNITA que se sinta apto a concorrer à presidência do partido a aguardar o próximo congresso e formalizar sua candidatura. “Encorajo qualquer militante da UNITA que sentir que reúne os requisitos necessários para concorrer, a esperar o próximo Congresso e entregar a sua candidatura,” disse ACJ.
Fundação Jonas Savimbi
ACJ também levantou suspeitas sobre o destaque recente dado à Fundação Jonas Savimbi, uma entidade recém-criada em homenagem ao fundador da UNITA. Ele sugeriu que o protagonismo da fundação pode estar ligado ao anúncio de Samakuva, embora não tenha fornecido detalhes específicos sobre suas suspeitas.
Declarações de Isaías Samakuva
Na véspera, durante uma entrevista à Rádio Ecclesia, Isaías Samakuva indicou que não descarta a possibilidade de voltar a se candidatar à presidência da UNITA. Quando questionado sobre seu futuro político, Samakuva citou o ditado “desta água nunca diga que não beberei”, deixando em aberto a hipótese de concorrer novamente ao cargo de líder do partido.
Contexto Político
A declaração de Samakuva veio em um momento de reflexão sobre a liderança da UNITA e o futuro do partido. Samakuva, que já liderou a UNITA em períodos críticos, agora sugere que pode reconsiderar sua posição, dependendo das circunstâncias.
Conclusão
A reação de Adalberto Costa Júnior ao pronunciamento de Isaías Samakuva sublinha a complexidade e a dinâmica interna da UNITA. As próximas semanas prometem ser decisivas, especialmente com a aproximação do congresso do partido, onde novas lideranças podem emergir e velhas disputas podem ser reavaliadas. A possibilidade de Samakuva retornar à presidência adiciona uma camada adicional de intriga ao cenário político angolano, enquanto a UNITA continua a desempenhar um papel crucial como o principal partido de oposição em Angola.